O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse nesta segunda-feira (11) ser contra a anistia dos presos pelo 8/1. Para ele, o indulto é usado como bandeira política por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em entrevista à GloboNews, o decano da Corte destacou a gravidade das acusações e defendeu a imputação dos manifestantes e dos que “induziram” essas pessoas a cometerem crimes, citando nominalmente o ex-ministro e vice na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Neto.
“Muitos imputam ao ex-presidente uma falta de solidariedade. Jogou essa gente na fogueira e foi para Miami. Então me parece que foi um tipo de mensagem para movimentar o seu establishment político, no sentido de ‘vamos ter uma bandeira de anistia’ não para os autores intelectuais, mas para aqueles pequenos que foram envolvidos nisso. Não tem cabimento anistia em relação a isso.”
Gilmar também disse que o ato realizado na avenida Paulista, em 25 de fevereiro, também foi uma tentativa de manter ativa a base de apoio do ex-presidente.
“A gente sempre desconfia. Na verdade, nós desconfiamos de que algo estava a ser gestado quando defendemos o inquérito das fake news, em 2019, de que algo de ruim poderia vir“, disse Gilmar.
“Os 2 [atos de] 7 de Setembro [Proclamação da República] anteriores foram extremamente graves, agressivos. Ali já se ensaiava”, completou.
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