O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve trocar o seu partido pelo PL. Ele conversou sobre o tema com o ex-presidente em 25 de fevereiro, dia do ato na av. Paulista.
Tarcísio é filiado ao Republicanos desde 2022. Foi eleito pelo partido naquele ano, assim como outros aliados de Bolsonaro, como a ex-ministra Damares Alves e o ex-vice-presidente Hamilton Mourão. A legenda apoiou a reeleição de Bolsonaro.
Por ter o eleito o maior número de deputados, 99 em 2022, o PL tem o maior fundo partidário. É um dos argumentos para trazer Tarcísio, já mirando as eleições de 2026, seja para a reeleição em São Paulo, seja para uma eventual candidatura a presidente. Uma ala do PL defende essa segunda opção com a inelegibilidade de Bolsonaro até 2030.
Em 2023, em uma articulação para melhorar a relação do governo com a Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu ministérios ao Centrão. O Republicanos ficou com Portos e Aeroportos, sob o comando de Silvio Costa Filho. Na época, o partido publicou uma nota informando que permaneceria independente apesar da entrada da sigla na Esplanada de Lula.
Como ocupante de um cargo majoritária, Tarcísio pode deixar o Republicanos quando quiser. No entanto, o movimento não deve ocorrer de forma repentina nem nos próximos dias. Ele costuma atribuir sua vitória a Bolsonaro e afirmar que, sem seu apoio, não teria vencido em São Paulo.
Uma ala do PP, outro partido que formou o bloco de apoio à reeleição de Bolsonaro, já cobiçou o governador de SP. O presidente da sigla, Ciro Nogueira, ex-ministro da gestão do ex-presidente, no entanto, avalia que o melhor caminho no momento seria Tarcísio continuar no Republicanos.
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