O presidente do PL na Bahia, João Roma, criticou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que culpou o Congresso Nacional pelo corte de R$ 13 milhões de recursos para a Universidade Federal da Bahia (Ufba). Para o ex-ministro da Cidadania, o petista agiu de forma desleal ao querer transferir uma responsabilidade que é do governo federal. "É uma deslealdade dele com os parceiros que tem, que compõem o Congresso Nacional. O Congresso Nacional tem que ser respeitado. Precisamos fortalecer as nossas instituições, pois ali está o símbolo dos nossos representantes", declarou Roma, na noite de segunda-feira (4), em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia.
O dirigente partidária declarou, entretanto, que a declaração de Rui Costa não foi para ele uma surpresa. "Não me causa espanto porque a gente sabe qual é a postura dele e de algumas figuras. Mas é bem diferente do que ocorreu lá atrás quando houve um corte menor inclusive que esse, ocorrido durante o governo Bolsonaro. Tinha toda sorte de manifestação, parecia que o mundo iria se acabar, e, nesse momento, não se faz nada e transfere-se a responsabilidade para o outro", comparou o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro.
Roma questionou o porquê de o governo Lula não chamar para si a responsabilidade. "O governo é um dos principais integrantes na formulação dessa política orçamentária; agora liberar 20 bilhões de reais em uma reunião com Lula bem regada eles souberam fazer imediatamente. Por que não resolve o problema da Universidade Federal que eles colocam como bandeira deles? Causa espécie o silêncio dos integrantes da universidade federal", afirmou João Roma, que enfatizou o desejo de ver uma universidade forte.
O presidente estadual do PL continuou a comparação entre as posturas das gestões Lula e Bolsonaro. "Nós lutamos e buscamos soluções para minimizar aquela questão do corte. Mas nesse governo o que se vê é a tentativa de transferir a responsabilidade e não tomar as providências. Nenhuma gritaria? Nenhum movimento se levanta para falar disso? Lula não tem culpa nessa questão? É ele quem dirige o país ou não é?", provocou Roma.
Roma também comentou a vinda a Salvador da presidente nacional do movimento feminino do Partido Liberal, Michelle Bolsonaro, que protagonizará o Encontro PL Mulher em Salvador, no próximo sábado (9), às 10 horas, com portões abertos a partir das oito horas, no novo Centro de Convenções de Salvador, na Avenida Otávio Mangabeira, na Boca do Rio. O dirigente indicou a presente de Jair Bolsonaro em Salvador e destacou, ao ser questionado durante a entrevista, que o objetivo do PL para 2026 é ver restabelecido o direito do ex-presidente disputar as eleições.
Ainda ao responder a essa questão, João Roma comentou que Michelle Bolsonaro tem cativado multidões por onde passa - a pergunta é se a ex-primeira-dama disputaria a Presidência da República em 2026. "Acredito que ela vai se destacar, mas não sei em qual posição. É comentado que ela pode disputar o Senado pelo Distrito Federal em 2026", apontou Roma.
Ao comentar as eleições municipais, Roma disse que, em Salvador, um apoio à reeleição do prefeito Bruno Reis pode ser definido após uma reunião com os membros do partido até o final de março. "Teremos, até o final desse mês, uma nova reunião. Vamos buscar estabelecer pontos de princípios e bandeiras que defendemos", disse Roma sobre este próximo encontro entre membros do PL e o prefeito da capital.
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