O Ministério Público Federal (MPF) solicitou o arquivamento de um inquérito que investigava o ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten. O pedido foi feito pelo procurador da República Frederick Lustosa de Mello à 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal.
Segundo a Folha de S. Paulo, a investigação apurava a suspeita de que a empresa de Wajngarten estaria recebendo verbas públicas por meio de grupos empresariais que tinham contratos com o governo federal na época em que ele ocupava o cargo. Os investigadores concluíram que não existem evidências que comprovem tais condutas criminosas.
Falta de provas
Diante da falta de provas e da ausência de uma linha investigativa confiável, o procurador justificou o pedido de arquivamento. Segundo ele, os dados coletados até o momento não foram suficientes para caracterizar os supostos crimes em questão, tornando desnecessário dar continuidade ao processo ou realizar novas diligências.
Em 2020, segundo a Folha, a empresa de Wajngarten recebeu pagamentos de emissoras de TV e agências de publicidade contratadas pela Secretaria de Comunicação Social, ministérios e estatais do governo Bolsonaro.
A FW Comunicação e Marketing, da qual Wajngarten detinha 95% das cotas e sua mãe possuía os outros 5%, oferecia serviços como Controle da Concorrência, fornecendo estudos de mídia para TVs e agências, incluindo análise de anunciantes do mercado e verificação da veiculação de peças publicitárias contratadas.
A empresa tinha contratos com pelo menos cinco empresas que recebiam verbas do governo, incluindo a Band e a Record, cujas participações na verba publicitária da Secretaria de Comunicação Social aumentaram durante a gestão Bolsonaro.
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