O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), decidiu se intrometer na briga entre o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), sobre a dívida pública mineira com a União.
Em evento em Belo Horizonte na quinta-feira, 29, o ministro de Lula afirmou que “tem gente que fala, mas não resolve” o problema, referindo-se a Zema, e elogiou o plano proposto por Pacheco para a dívida.
“O presidente Lula vai provar mais uma vez que é o presidente que mais cuida, mais traz investimentos e resolve problemas históricos de Minas Gerais. O presidente, provocado pelo presidente do senado, Rodrigo Pacheco, pela bancada federal, pela bancada da Assembleia Legislativa de oposição ao governador, recebeu uma proposta de solução para a dívida. Tem muita gente que fala, mas não resolve, não apresenta soluções”, disse o ministro.
Padilha também afirmou que a proposta do presidente do Senado para a dívida pública do estado está em discussão com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e garantiu que o problema será solucionado com o auxílio do governo federal.
Zema, Pacheco e a dívida bilionária de MG
A dívida pública do estado de Minas Gerais com a União é avaliada em mais de 160 bilhões de reais.
Em novembro de 2023, o governador Romeu Zema — que esperava uma resposta do legislativo estadual para enviar a proposta de reestruturação de dívida — foi atropelado por uma articulação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), diretamente com Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Pacheco conseguiu que o STF prorrogasse a carência da dívida e que o Tesouro Nacional analisasse as melhores propostas em um grupo de trabalho. Isso também permitiu que ele cutucasse Zema.
“Quero contar muito com a colaboração do governo do Estado para poder entender que a eleição já passou, que a próxima eleição está muito longe ainda, e que nós temos que resolver o problema da dívida de Minas na construção política”, disse Pacheco em dezembro de 2023.
Desde então, Zema e Pacheco têm trocado alfinetadas publicamente.
“Toda alternativa é bem-vinda, estivemos com o presidente do Congresso há duas semanas, ele lançou uma proposta, mas essa proposta precisa ser apreciada pelo Ministério da Fazenda e pela secretaria do Tesouro Nacional. E até agora ninguém apreciou. Ficou falação, não teve nenhuma ação efetiva do governo federal”, afirmou Zema a jornalistas em dezembro.
Pacheco rebateu o governador mineiro.
“Quero ajudar o governador a resolver o maior problema do governo dele. Mas o governador não pode querer para ontem algo que ele não conseguiu resolver em cinco anos. Há regras, negociações e um caminho para isso. Tudo ao seu tempo.”
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