Em uma pedalada regimental para manter o comando do União Brasil, o presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PE), cancelou a convenção nacional do partido, marcada para acontecer nesta quinta-feira, 29.
Ao cancelar a convenção, Bivar, que é candidato à reeleição, alegou que a convocação foi realizada sem o amparo do estatuto do partido, que sofreu uma alteração na terça-feira, 27, “violando norma estatutária contida no inciso III, do artigo 133, quem naquela ocasião, estava em vigor, o que colocaria em risco a legalidade, validade e eficácia das deliberações tomadas na convenção então convocada”.
“Com amparo nas disposições contidas no artigo 69, incisos IV e IX, do estatuto do partido, decido cancelar a convocação da 1ª Convenção Nacional Ordinária do União Brasil que ocorreria no dia 29 de fevereiro de 2024, cuja nova data será oportunamente discutida em reunião da Comissão Executiva Nacional Instituidora a ser realizada no dia 27 de março de 2024″, acrescentou.
Bivar x Rueda
A disputa pelo comando do União Brasil tem sido marcada por uma troca de farpas e ameaças entre o atual presidente, o deputado federal Luciano Bivar, e Antônio Rueda, postulante ao cargo que, teoricamente, detém maioria para assumir a função.
O líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento, afirmou a parlamentares da bancada durante reunião realizada nesta semana que Bivar teria ameaçado familiares de Rueda. O áudio já se espalhou entre integrantes da sigla.
Nesta quarta-feira, 28, Bivar convocou uma entrevista coletiva para fazer novas acusações a Rueda.
O deputado chamou Rueda de “covarde” e trouxe sua versão sobre telefonema entre ambos ocorrido na segunda-feira. Também disse que o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (União-BA), apoiador de Rueda, poderia ter um concorrente interno nas eleições para a Câmara.
Disputa pelo comando da sigla
A disputa pelo comando do União Brasil foi acentuada nesta semana e escancarou o racha na legenda criada a partir da fusão entre DEM e PSL. Rueda tem apoio da maioria dos parlamentares e dirigentes da legenda e deve ter ACM Neto, ex-presidente do DEM, como vice.
Bivar, por sua vez, passou a cobrar a fidelidade de aliados que eram filiados ao PSL para se manter no poder.
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