A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal saiu em apoio ao delegado Hiroshi Sakaki, responsável pela anexação das conversas de um dos acusados e sua defesa no caso de hostilização contra o ministro Alexandre de Moraes.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (23), a entidade defendeu a autonomia do delegado e disse ser dever dele incluir todas as provas coletadas durante a investigação.
A Ordem dos Advogados do Brasil acionou o STF e a Procuradoria Geral da República contra o delegado. A organização pediu que as conversas entre Roberto Mantovani Filho, acusado no caso, e Ralph Tórtima, seu advogado, fossem retirados do relatório do caso.
A entidade disse que o sigilo profissional foi violado. O pedido foi aceito pelo ministro Dias Toffoli, que reconheceu que Sakaki errou ao incluir os diálogos no processo. O processo ficará em sigilo até que as providências sejam tomadas.
A ADPF afirmou que a acusação contra Sakaki “causa estranheza”. E que “insinuações de que um Delegado Federal, lotado em uma relevante diretoria da Polícia Federal, teria realizado tal conduta, são graves e deveriam estar fundamentadas em indícios razoáveis”.
A imputação atinge não apenas o delegado, mas também a credibilidade de toda a corporação, segundo a associação de delegados. O advogado que teve as conversas anexadas pediu a responsabilização de Sakaki, que trabalha diretamente com o ministro Alexandre de Moraes.
O relatório final da PF, assinado por Sasaki, concluiu que Roberto Mantovani Filho injuriou contra o filho do ministro durante o episódio no Aeroporto de Roma em 14 de julho de 2023. Porém, não indica o indiciamento de nenhum dos 3 envolvidos no caso.
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