O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede da Polícia Federal em Brasília nesta quinta-feira (22) para ser ouvido na investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. A tendência é a de que Bolsonaro fique calado ao ser interrogado.
Além do ex-presidente, outros investigados compareceram para prestar depoimento. Entre eles, o ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente, Walter Souza Braga Netto; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
Por estratégia da PF, todos investigados devem depor ao mesmo tempo. Assim, a polícia quer evitar que haja combinação de versões.
Os depoimentos fazem parte da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF há duas semanas. De acordo com as investigações, Bolsonaro e aliados se organizaram para tentar um golpe de Estado e mantê-lo no poder, impedindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro deverá ficar calado
De acordo com a defesa do ex-presidente, ele deverá ficar calado no depoimento.
Nos últimos dias, os advogados pediram duas vezes acesso aos autos da investigação.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o acesso aos mandados da operação.
Os advogados do ex-presidente pediram, então, acesso às mídias digitais, como telefones, computadores e a delação do ex-ajudante ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, mas Moraes não autorizou.
Foi quando a defesa disse que o ex-presidente não iria falar à PF e entrou com pedido para adiar o depoimento, mas Moraes negou.
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