O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, concordaram sobre a necessidade da criação de um Estado palestino durante reunião na manhã desta quarta-feira (21) no Palácio do Planalto.
Também durante o encontro no gabinete presidencial, Lula falou sobre a importância de reformar o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). A medida recebeu o apoio de Blinken.
A fala do chefe do Executivo se deu depois de os EUA terem vetado pela terceira vez na terça-feira (20) uma resolução para determinar um cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o Hamas. A proposta foi elaborada pela Argélia e recebeu o apoio de 13 dos 15 países integrantes. Os EUA –que têm poder de veto por ser uma das nações permanentes do colegiado– barrou o texto.
Antes da votação, o embaixador da Argélia na ONU, Amar Bendjama, afirmou que “um voto a favor deste projeto de resolução é um apoio ao direito dos palestinianos à vida. Por outro lado, votar contra implica um endosso à violência brutal e ao castigo colectivo infligido a eles”.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, já havia dito que vetaria o projeto da Argélia em decorrência dos reféns israelenses que seguem sob domínio do Hamas.
Nesta terça-feira (20), a diplomata declarou que “exigir um cessar-fogo imediato e incondicional sem um acordo que exija que o Hamas liberte os reféns não trará uma paz duradoura”.
A delegação norte-americana preparou outra resolução pedindo o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Ainda não foi apresentada para votação. O texto do país determina que a pausa nos ataque se dê apenas quando Hamas libertar os reféns israelenses.
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