O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou, na segunda-feira (19) a possibilidade Brasil e Israel encerrarem laços comerciais e de solidariedade e disse que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “é passageiro”.
A relação entre os 2 países está em crise desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou, no domingo (18.fev) as ações do atual governo israelense na Faixa de Gaza ao extermínio judeu feito pela Alemanha Nazista.
Apesar de Israel ter declarado Lula “persona non grata”, Padilha diz que os países possuem uma “cooperação sólida” construída e reforçada pelo chefe de Executivo brasileiro, que “ultrapassa” o primeiro-ministro israelense.
“Em nenhum momento nosso chanceler (Mauro Vieira) nos relatou (encerramento de laços). Em nenhum momento isso estava na pauta. Temos relações de solidariedade Brasil e Israel que inclusive ultrapassam Benjamin Netanyahu. Netanyahu é passageiro”, disse Padilha em entrevista ao programa “Roda Viva” da TV Cultura.
O ministro também declarou não temer que a repercussão da declaração de Lula atrapalhe o posicionamento do país na política internacional.
“Se tem alguém isolado no mundo hoje é o Netanyahu, não o presidente Lula. Se tem alguém isolado nas suas posições, nas suas práticas, é Netanyahu, não Lula”, afirmou.
IMPEACHMENT
O ministro Alexandre Padilha disse, ainda, ter certeza de que o pedido de impeachment contra Lula protocolado por 90 congressistas não vai progredir.
Segundo ele, nem a oposição acredita na solicitação de impedimento ao chefe do Executivo. “Não vai progredir de tão desqualificado que é”, afirmou.
Padilha ainda disse que o pedido também não atrapalha seu trabalho na articulação política junto ao Congresso Nacional.
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