A perícia que investiga a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) deve ser finalizada até esta sexta-feira (16), segundo o secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15), Garcia afirmou que a força-tarefa criada para o caso tem como missão “tornar esse fato irrepetível”.
“Adotar todas as medidas necessárias para que o evento como esse se encerre com a recaptura dos dois foragidos é prioridade número um”, disse Garcia. Ele ressaltou que, após a recaptura dos presos, a força-tarefa se concentrará em evitar que novas fugas como essa ocorram no sistema penitenciário federal.
“A partir da solução do problema imediato, partimos concomitantemente com a mesma energia para tornar esse fato irrepetível. Essa é a determinação. Não há a possibilidade que a gente saia daqui com alguma fragilidade ou alguma chance de um evento dessa natureza ocorrer no sistema penitenciário federal”, detalhou o secretário.
Por questões de segurança e estratégia, Garcia não quis confirmar a forma com que os dois homens fugiram do local e se houve facilitação por parte de servidores da própria carceragem. Segundo ele, a dinâmica da fuga será esclarecida “na medida que houver a conclusão da perícia”.
“Todos os policiais estão esperançosos em ter algo mais claro, nos próximos dias, nas próximas horas, e que nos permita um desfecho desse episódio. Tudo o que falar em relação ao que está sendo feito pode atrapalhar nosso trabalho”, completou.
Apesar de não entrar em detalhes, Garcia admitiu que houve falha na segurança da penitenciária. “Não há possibilidade de se ter em uma unidade prisional uma fuga se os procedimentos de segurança forem observados”.
A força-tarefa criada para investigar o caso também está revisando os procedimentos de segurança em todas as unidades de prisões federais. Além disso, um processo administrativo foi instaurado para apurar responsabilidades.
A direção do Sistema Penitenciário Federal suspendeu as visitas sociais e os banhos de sol dos presos nos presídios federais. A medida, que entrou em vigor nesta quinta-feira (15), visa “a necessidade de esclarecimento dos fatos” que resultaram na fuga, além de permitir a realização de procedimentos internos.
Na prática, a unidade de Mossoró passa a funcionar no nível dois de segurança, o que significa que os presos ficam em suas celas por mais tempo e há um maior controle sobre seus movimentos.
O governo justificou a medida citando “a necessidade de esclarecimento dos fatos” que levaram à fuga, além dos procedimentos internos. Na prática, a unidade passará a operar em um nível de segurança mais elevado.
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