A Polícia Federal no Amazonas deflagrou na manhã desta sexta-feira (9) a Operação “Código Falso”. O objetivo é desarticular grupo criminoso que produziu e compartilhou áudio com a voz supostamente do prefeito de Manaus, David Almeida. O material, que é pejorativo contra profissionais da educação, foi transacionado em diversos grupos de WhatsApp.
Durante a operação, a Polícia Federal informou que está cumprindo nove mandados de busca e apreensão. São alvos da operação um designer, três empresas de publicidade, sócios das empresas e dois compartilhadores da mensagem falsa.
Apreensões e depoimentos
Foram apreendidos mídias computacionais e os suspeitos foram intimados a depor na Superintendência da Polícia Federal, em Manaus, durante a manhã. O prefeito de Manaus ainda não se manifestou sobre a operação.
Segundo David Almeida, as informações são caluniosas e começaram a ser compartilhadas no dia 21 de dezembro nos grupos de WhatsApp. Na ocasião, um áudio de sete segundos, que continha xingamentos com uma voz semelhante à do prefeito contra profissionais da educação da rede pública da capital amazonense, circulava pela internet.
Falsa acusação contra professores
Na época da denúncia, o prefeito afirmou que jamais faria um ataque a professores. “Todo mundo sabe da minha ligação com os professores e agora tivemos um problema com relação ao repasse do abono, em função da queda das receitas do Fundeb. E exatamente aproveitando essa questão, aparece essa fala para me colocar em rota de colisão com os professores a quem eu tenho total respeito”, disse Almeida.
Investigações apontam para montagem
De acordo com as investigações iniciais realizadas pela perícia da Polícia Federal no Amazonas, o áudio é uma montagem, utilizando-se recursos de Inteligência Artificial (IA), com fragmentos de outros tipos de áudios, além de simulações.
O perito criminal federal, Cleiton Lopes, afirmou que as investigações permitirão chegar ao dispositivo de origem do áudio. “Tudo isso que acontece na internet deixa esse mapeamento, deixa esses endereços e a gente consegue fazer esse rastreamento até a origem”, completou.
O superintendente da PF no Amazonas, Umberto Ramos, reforçou que a ação visa coibir esse tipo de iniciativa e alertou que não existe anonimato na internet. “Qualquer tipo de montagem, fake news, utilização de inteligência artificial de maneira indevida com o objetivo eleitoral, será investigado e os seus autores serão identificados e punidos”, ressaltou.
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