O presidente Lula recebe o presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta sexta-feira, 9. O encontro acontece em um momento de tensão entre governo e legislativo.
Durante a abertura do ano legislativo, no início da semana, Arthur Lira fez um discurso com vários recados ao governo. Pediu respeito às decisões do Congresso, defendeu o orçamento aprovado em 2024 e disse que a Casa não aceitaria ser contrariado.
Os deputados reclamam do corte de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares a partir do veto do presidente Lula em janeiro. Além disso, o presidente da Casa tem demonstrado insatisfação com gestos do governo a possíveis candidatos à presidência da Câmara.
Lira busca apoio para um aliado dele, o deputado Elmar Nascimento (União-BA).
Outro ponto de contenda é a insatisfação do presidente da Casa com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Discurso de Lira
Ao rebater acusações de inércia da Câmara em decorrência de disputas políticas durante discurso de abertura dos trabalhos legislativo, Lira disse: “Não subestime esta Mesa Diretora”.
“Para esses, que não acompanharam nosso ritmo de entregas e realizações, deixo, humildemente, um importante recado: não subestimem esta Mesa Diretora! Não subestimem os membros desta Legislatura!”, afirmou.
Lira também afirmou que “errará” quem atribuir às eleições municipais e para a Mesa Diretora, mudança de foco do Legislativo.
“Errará, insisto, errará grosseiramente qualquer um que aposte numa suposta inércia desta Câmara dos Deputados neste ano de 2024. Seja em razão das eleições municipais que se avizinham, seja, ainda, em razão de especulações sobre eleições para a próxima Mesa Diretora, a ocorrerem apenas no próximo ano. Errará ainda mais apostar na omissão desta Casa – que tanto serve e serviu ao Brasil – em razão de uma suposta disputa política entre a Câmara dos Deputados e o Poder Executivo.”
Ao comentar sobre o orçamento, o presidente da Câmara afirmou: “O orçamento é de todos e para todos os brasileiros e brasileiras: não é e nem pode ser de autoria exclusiva do Poder Executivo e muito menos de uma burocracia técnica que, apesar de seu preparo, não duvido, não foi eleita para escolher as prioridades da nação. E não gasta a sola de sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros como nós, parlamentares“.
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