Lula demitiu mais quatro diretores da Abin

As investigações indicam que a Abin teria monitorado ilegalmente diversas autoridades
Por: Brado Jornal 31.jan.2024 às 16h03 - Atualizado: 31.jan.2024 às 15h12
Lula demitiu mais quatro diretores da Abin
Antônio Cruz/Ag Brasil

Na terça-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu quatro diretores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), incluindo o diretor-adjunto Alessandro Moretti, conforme publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

Para substituir Alessandro Moretti, Lula nomeou Marco Aurelio Chaves Cepik, atual responsável pela Escola de Inteligência da Abin. Desde abril de 2023, Cepik ocupava o cargo de diretor da Escola. Ele é amplamente reconhecido como um dos principais especialistas do Brasil em segurança internacional e política comparada, sendo professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desde 2003. Com doutorado em ciência política, possui uma extensa carreira acadêmica, tendo sido professor visitante em instituições renomadas como as Universidades de Oxford (Inglaterra), Denver (Estados Unidos) e Remmin (China).

Essas mudanças na liderança da Abin surgem após uma operação da Polícia Federal (PF) revelar alegadas atividades de espionagem ilegal conduzidas pela agência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As investigações indicam que a Abin teria monitorado ilegalmente diversas autoridades.

Alessandro Moretti, que atuava como diretor-geral em exercício, declarou nesta quarta-feira (31) que ele foi o responsável por ordenar as investigações internas relacionadas ao uso indevido do sistema da agência para monitorar autoridades e políticos. Ele afirmou que grande parte do material que embasa o inquérito da PF resulta dessas investigações conduzidas com total independência na Abin.

A demissão do diretor-adjunto da instituição foi formalizada em edição extra do Diário Oficial da União na terça-feira (30). Essa ação ocorre após um novo desdobramento da Operação Última Milha, denominada Operação Vigilância Aproximada, que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal envolvendo, entre outras figuras, o ex-diretor-geral da agência Alexandre Ramagem e o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro.



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