O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira (29) que vai encaminhar um ofício ao Supremo Tribunal Federal para pedir a lista com os nomes dos congressistas que foram ilegalmente monitorados pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
“Encaminharei ao Supremo Tribunal Federal ofício solicitando os possíveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa”, afirmou Pacheco em nota.
A PF apura suposta espionagem ilegal realizada pela agência de inteligência no período em que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) esteve à frente da agência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Foram realizadas buscas na 5ª feira (25.jan) na casa e no gabinete de Ramagem.
Na operação da semana passada, senadores já pressionavam Pacheco pela cobrança dos nomes de congressistas monitorados de forma ilegal pela chamada “Abin Paralela”.
OPERAÇÃO CONTRA CARLOS BOLSONARO
Nesta 2ª feira (29.jan), a Polícia Federal deflagrou nova operação para apurar suposta espionagem ilegal feita pela Abin durante a gestão de Ramagem. Um dos alvos é o vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho 02 do ex-presidente.
Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa de Carlos Bolsonaro, em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e na casa de praia da família em Angra dos Reis, no Rio.
A PF investiga se Carlos recebia informações ilegais da Abin. Ao todo, a corporação realiza 9 buscas no Rio de Janeiro (5), Angra dos Reis (1), Brasília (1), Formosa (1) e Salvador (1). O objetivo é “avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente na Abin”, segundo comunicado.
As operações contra Carlos e Ramagem são uma continuação das investigações iniciadas em outubro do ano passado. Na época, a PF disse que a rede de telefonia brasileira teria sido invadida “reiteradas vezes”, com o uso do sistema de geolocalização da Abin adquirido com recursos públicos para espionar adversários políticos.
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