O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, manteve o sigilo de um relatório produzido pela Abin que tenta ligá-lo ao grupo criminoso PCC. O documento foi citado 3 vezes na decisão que baseou uma operação de busca e apreensão contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) nesta quinta-feira (25).
No despacho do ministro, o arquivo nomeado como “Prévia Nini.docx” é descrito como um documento que tenta “associar deputados federais, bem como o excelentíssimo relator Alexandre de Moraes e outros congressistas, à organização criminosa PCC”.
O ministro Gilmar Mendes também teria sido citado no documento em questão, segundo a investigação da Polícia Federal citada por Moraes.
Esse arquivo teria sido produzido pelos integrantes de uma operação da Abin chamada de “Portaria 157”, composta por 5 funcionários da agência de 2019 a 2021.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a atuação desse grupo “caracteriza outra evidência de instrumentalização da Abin”.
Ela teria como objetivo a obtenção de ONG “conforme entendimento da Abin” eventualmente vinculada ao PCC. “As ações apresentaram viés político de grave ordem”, escreveu o ministro.
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