Pouco mais de um mês depois de ser alvo de um mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), por ordem do Superior Tribunal de Justiça (TJ), Vinícius Sarciá Rocha, irmão de criação do governador Cláudio Castro (PL), renunciou ao cargo de presidente do Conselho de Administração da Agência de Fomento do Rio (Age-Rio), nesta terça-feira (23).
Sarciá foi aconselhado por advogados a deixar o cargo.
De acordo com o Diário Oficial do Estado desta quarta (24), o vice-presidente Tales José do Coutto Boiteux assume interinamente a presidência. Ainda de acordo com a publicação, a renúncia já foi informada aos demais membros do conselho.
No dia das buscas, a PF apreendeu R$ 128 mil e US$ 7,5 mil (total de R$ 160 mil) em espécie na casa de Sarciá. Parte do dinheiro estava em caixa de remédios. Também foram apreendidas diversas anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens. A defesa dele disse que o dinheiro está declarado na Receita Federal.
Sarciá e Castro foram criados juntos. A mãe dele se casou com o pai do governador.
Pedido de renúncia foi publicado no Diário Oficial desta quarta — Foto: Reprodução
Pedido de renúncia foi publicado no Diário Oficial desta quarta — Foto: Reprodução
Operação Sétimo Mandamento
Vinícius Sarciá Rocha e Cláudio Castro — Foto: Reprodução/ Redes sociais
Vinícius Sarciá Rocha e Cláudio Castro — Foto: Reprodução/ Redes sociais
No dia 20 de dezembro, Sarciá foi alvo da Operação Sétimo Mandamento, contra fraudes em programas assistenciais do estado.
Segundo a PF, foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões.
Além de Sarciá, também sofreram buscas Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, diretor de Governança Socioambiental da Cedae. Cláudio Castro não foi alvo de buscas, mas é investigado.
A ação é um desdobramento da investigação da Operação Catarata, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que apurava em 2020 um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII, órgão estadual responsável por políticas de assistência social.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...