Considerado um dos principais personagens para o desencadeamento da operação da PF sobre os atos de 8 de janeiro que mirou o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy, o ativista Carlos Victor de Carvalho – o CVC – não estava na capital federal durante os atos de 8 de janeiro.
Pelo menos foi isso o que a defesa de Carvalho argumentou nos autos do processo. A informação foi divulgada pela coluna de Paulo Cappelli do Metrópoles e confirmada por O Antagonista.
Conforme documentos encaminhados pela defesa de Carlos Victor, ele estaria em Campos dos Goytacazes, cidade no interior do Rio de Janeiro. Naquele dia, o ativista circulou pelo Parque do Prado, pelas proximidades de uma escola e por um supermercado, conforme registro do GPS do celular dele.
No dia seguinte, ele também estaria em Campos. A defesa de Victor de Carvalho também incluiu nos autos imagens do circuito interno de uma loja de açaí para comprovar que ele não saiu do Rio de Janeiro durante os atos.
Pelas redes sociais, Jordy voltou a criticar a operação da PF após essa descoberta.
“O delegado da Polícia Federal responsável pelo inquérito ignorou todas essas provas em seu relatório. Provas essas que foram entregues ao juiz e resultaram na revogação da prisão de CVC [quando ele foi preso por supostamente ter participado dos atos de 8 de janeiro]”, disse Jordy.
“Somente nas ditaduras é que os líderes da oposição são perseguidos. Mas na democracia relativa de Lula, tudo é possível. Aliás, a democracia está inabalada. Apenas não discorde, não faça críticas, não contrarie os meios ilegais que estão sendo utilizados”, afirmou o parlamentar.
No inquérito conduzido pela Polícia Federal, os policiais afirmaram que há registros de que CVC estava em Brasília no dia dos atos de 8 de janeiro, “levando a crer que ele esteve nos atos atentatórios contra o Estado de Direito”.
Em 1º de novembro de 2022, CVC chamou Carlos Jordy de “meu líder” em troca de mensagens e pedia orientações sobre um suposto movimento. Segundo a PF, essa seria a confirmação de que o líder da oposição na Câmara era um dos mandantes dos atos de 8 de janeiro.
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