Entidades que representam a comunidade judaica no Brasil emitiram neste domingo (21.jan.2024) notas de repúdio a uma declaração do ex-deputado e ex-presidente nacional do PT José Genoíno. Em entrevista ao jornal digital brasileiro de esquerda DCM (Diário do Centro do Mundo), ele disse ser “interessante” iniciativas de boicote “por motivos políticos que ferem interesses econômicos” a “determinadas” empresas de judeus.
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) disse que a fala de Genoíno é “antissemita”. Já a Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo) afirmou que as declarações do ex-congressista “flertam com o nazismo e o racismo”. Leia as íntegras mais abaixo nesta reportagem.
Segundo a Conib, o “boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no holocausto”. A instituição pediu que “lideranças brasileiras” atuem “com moderação e equilíbrio diante do trágico conflito no Oriente Médio”.
A Fisesp afirmou que a fala do ex-presidente do PT é “criminosa”. Disse que, ao “evidenciar a origem judaica de empresas e pedir seu boicote, Genoíno revela a sua covardia e o seu viés antissemita”.
“O que nos preocupa ainda mais é o silêncio dos dirigentes do partido que o acolhe. Líderes que se dizem defensores da democracia não podem concordar com mais este ataque, que busca atingir pessoas apenas pelo fato de serem judeus ou judias”, disse a federação.
Ainda em nota, a entidade também declarou que “o antissemitismo merece total reprovação”.
“Esperamos, mais uma vez, a retratação e principalmente o repúdio das pessoas de bem que defendem os valores da paz e da democracia”, afirmou.
Já a Câmara Brasil Israel de Comércio e Indústria diz que a declaração de Genoíno é uma “fala, antissemita, que remonta ao começo da perseguição do regime nazista aos judeu”.
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