O gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes divulgou no domingo (7) um relatório sobre as ações tomadas pela Corte desde a invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado. Moraes é relator das ações no Supremo relacionadas aos atos.
Conforme o documento, foram tomadas mais de 6.000 decisões sobre o 8 de Janeiro ao longo de 2023. Na data no ano passado, 243 pessoas foram presas em flagrante na praça dos Três Poderes ou nos prédios invadidos. Dos dias 8 a 9 de janeiro, mais 1.929 pessoas que estavam acampadas em frente a quartéis foram conduzidas à Academia Nacional de Polícia, sendo que 775 foram liberadas no mesmo dia.
Ficaram detidas 1.397 pessoas, inicialmente, que passaram por audiências de custódia. Depois dessas audiências, Moraes analisou os casos e concedeu liberdade provisória mediante cautelares (como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar) a 459 presos.
Foram recebidas 1.345 denúncias apresentadas pela Procuradoria Geral da República, que acusou os envolvidos diretamente nos atos de:
Os que estavam em frente aos quartéis foram acusados de incitação ao crime e associação criminosa. Até dezembro de 2023, 38 acordos foram homologados com acusados pelos crimes menos graves. Nesses acordos, os réus admitiram os crimes e se comprometeram a pagar multas e a fazer curso sobre a democracia, por exemplo.
Leia os principais dados do relatório:
Cerca de 1.000 ações penais suspensas –para os crimes menos graves, de acusados de incitar golpe em frente aos quarteis– para análise de Acordo de Não Persecução Penal, sendo que 38 acordos, nos quais o réu reconheceu o crime, foram homologados.
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