O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em entrevista nesta sexta-feira (5), criticou a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na posse presidencial após sua derrota eleitoral em 2022.
Pacheco critica Bolsonaro e diz que ele poderia ter evitado o 8 de janeiro
Segundo Pacheco, Bolsonaro poderia ter dado “uma sinalização para a democracia”, evitando o acontecimento conhecido como “8 de janeiro”.
O senador, entretanto, evitou responsabilizar juridicamente o ex-presidente por estes atos, deixando essa responsabilidade para a Justiça Eleitoral.
Participação de Bolsonaro na posse teria sinalizado futuro positivo para a direita, segundo Pacheco
De acordo com Pacheco, a participação de Bolsonaro na posse, a entrega da faixa presidencial e o reconhecimento da derrota eleitoral poderiam mostrar que “há um futuro pela frente da política em que a direita pode ser construída e ter bons propósitos para o Brasil”.
Atos de vandalismo do 8 de Janeiro baseados em “falso patriotismo”
O presidente do Senado também criticou os atos de vandalismo de 8 de Janeiro, classificando-os como baseados em um “falso patriotismo”.
Segundo ele, esses atos buscavam “defender o Brasil” de maneira “errônea, equivocada e criminosa”.
“O presidente Bolsonaro, nesse sentido, poderia ter evitado esse mal maior que foi o 8 de janeiro. Embora, repito, eu não queira ser leviano e responsabilizá-lo juridicamente por esses atos. Inclusive, isso cabe à Justiça Eleitoral”, completou.
“No final das contas, o que nós temos no 8 de janeiro é uma expressão de insatisfação que foi às raias da criminalidade e da violação de bem jurídicos, e da multiplicidade de crimes de pessoas que se permitiram a pretexto de um falso patriotismo, um pseudopatriotismo, defender o país, entre aspas, mediante de uma forma absolutamente errônea, equivocada e criminosa”, concluiu.
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