Conib não aceita críticas ao governo de Netanyahu, diz Gleisi

Presidente do PT afirma ter sido acusada de preconceito e antissemitismo pela Conib
Por: Brado Jornal 02.jan.2024 às 13h53
Conib não aceita críticas ao governo de Netanyahu, diz Gleisi

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PT-PR), disse que a nota da Confederação Israelita do Brasil em resposta à sua declaração é a “prova de que a entidade não tolera as críticas ao governo de ultra-direita de Israel”. 

Em publicação no X nesta terça-feira (2), a congressista disse que a confederação a acusa de preconceito e antissemitismo. “Somos da paz, do diálogo e da tolerância, mas não vamos nos calar diante das pressões indevidas da entidade”. 

“Nunca fizemos nem estimulamos declarações ou atitudes antissemitas, pois respeitamos todos os povos e religiões. Criticamos sim e continuaremos criticando o massacre do povo palestino pelo governo Netanyahu, em Gaza e na Cisjordânia, que há muito extrapolou o legítimo argumento da defesa de Israel e se transformou em operação de genocídio”, declarou Gleisi em resposta.

A deputada afirmou ainda defender o direito de expressão do jornalista Brenno Altman, “que é perseguido por criticar as posições da Conib”, segundo ela.


ENTENDA O CASO

A Conib entrou com uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo e pediu a remoção de conteúdos das redes sociais do jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi. O pedido foi atendido pelo juíz Rafael Meira Hamatsu Ribeiro em 24 de dezembro de 2023. 

Não é possível saber pela decisão quais mensagens a confederação pediu que fossem retiradas do ar.

De acordo com o Opera Mundi, o jornalista –que é judeu– também é alvo de um inquérito da PF depois de petição do procurador Maurício Fabreti, do MPF.

Em 30 de dezembro de 2023, a deputada Gleisi Hoffmann disse que a Conib promove o que chamou de “perseguição” contra o jornalista.

Segundo Gleisi, Altman estaria sendo perseguido por causa de seu “firme posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultra-direita de Israel”, em referência à guerra na Faixa de Gaza. A deputada disse também que agentes do MPF (Ministério Público Federal) e da PF querem “condená-lo” por suas opiniões.

Em nota, a Conib disse repudiar a fala de Gleisi. Declarou também que Altman “promove o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de ‘ratos’”.


Eis a íntegra:

“A Confederação Israelita do Brasil (CONIB) repudia os comentários da presidente do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffman. O Jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, promove o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de ‘ratos’, o que foi reconhecido pelo Ministério Público e pela Justiça, que determinou a imposição de multa e a retirada de posts. A presidente do Partido dos Trabalhadores insiste em defendê-lo, questionando decisões judiciais. Além disso, a Deputada faz uma afirmação preconceituosa em relação à CONIB, ou seja, de dupla lealdade, jargão clássico do antissemitismo, que merece total reprovação.”



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Lula se encontra com PF e ministros do STF após explosões na Esplanada
Durante a reunião, Lula também conversou por telefone com o presidente do STF, Luis Roberto Barroso
Primeira-dama na mira: Zambelli questiona legalidade de evento Janjapalooza
A deputada questiona o uso de recursos públicos em agendas de viés político-ideológico
Explosões em Brasília: Bolsonaro lamenta ocorrido e diz que autor teria 'perturbações na saúde mental'
Na postagem, intitulada “pela pacificação”, o ex-presidente diz que lamenta e repudia qualquer ato de violência
Tragédia de Mariana: Justiça absolve Samarco e BHP pelas 19 mortes
Foram absolvidas pela Justiça Federal as empresas Samarco, Vale e BHP Billiton, além de 7 pessoas, entre elas diretores, gerentes e técnicos
"Não é um caso isolado", diz Moraes sobre explosão no STF
O ministro do STF Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (14), se pronunciou sobre os ataques na Praça dos Três Poderes
Moraes condena ‘Banalização’ e classifica explosão como ‘ato terrorista’
Para o ministro, essa mesma “mediocridade” também contribui para normalizar o “contínuo” ataque às instituições.
Carregando..