O adolescente de 17 anos que hackeou o perfil do X (antigo Twitter) da primeira-dama Janja Lula da Silva na noite da última segunda-feira (11) afirmou à Polícia Federal que acessou os e-mails dela, mas negou ter lido o conteúdo das mensagens.
O jovem disse aos investigadores que acessou a conta de Janja do LinkedIn, mas não fez nenhuma alteração. Em razão de ser menor de idade, o adolescente foi ouvido na condição de informante.
Além disso, o jovem declarou que só queria usar as redes para fazer postagens, mas se arrependeu porque não imaginava a repercussão que o episódio teria.
O perfil de Janja foi invadido na noite de 11 de dezembro. O ataque hacker foi anunciado pela própria conta, às 21h37, com a seguinte mensagem: “Hacked by Ludwig and Smalkade”.
A PF realizou, em 12 de dezembro, 4 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais contra suspeitos. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Dois dias depois, em 14 de dezembro, a PF deflagrou uma operação em Sobradinho, região administrativa de Brasília, contra um adolescente de 17 anos.
Em nota, a PF informou que os alvos mantinham perfis na plataforma de conversa de Discord “que trocavam mensagens de caráter misógino e extremista”.
Outro alvo identificado é João Victor, 25 anos. O mineiro produzia conteúdos de ódio nas redes sociais, como mostrou o Poder360. Ferreira foi alvo da operação da PF em Ribeirão das Neves (MG), onde mora. A cidade está localizada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
Depois de retomar o controle da sua rede social, Janja pediu a responsabilização das plataformas em casos de crime de ódio. Defendeu também a possibilidade de banimento das redes.
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