O ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, detido pelos eventos de 8 de Janeiro, foi conduzido a um hospital de Brasília na segunda-feira (4) após passar mal em sua cela. Desde 7 de fevereiro, Naime, que está preso no 19º Batalhão da PM no complexo da Papuda, em São Sebastião, já enfrentou outros episódios de mal-estar, incluindo desmaios.
A esposa do oficial, Mariana Naime, compartilhou o ocorrido nas redes sociais, relatando que o coronel retornou ao local de custódia após receber atendimento. Ela expressou preocupação com a saúde do marido, mencionando dores no peito e um diagnóstico anterior de tromboflebite aguda na veia cefálica, que aumenta o risco de deslocamento do trombo e ameaça de embolia.
Naime está sob custódia devido a suspeitas de omissão nos eventos antidemocráticos de 8 de Janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF. Em depoimentos à CPI da Câmara Legislativa do DF e à CPMI do Congresso, o militar afirmou que a corporação não recebeu informações sobre a gravidade das manifestações, apesar de a Abin ter detalhes às 10h do mesmo dia.
O episódio reforça a tensão em torno do caso, especialmente após a morte de um manifestante preso em novembro. Cleriston Pereira da Cunha, detido durante os atos de 8 de Janeiro, faleceu na Penitenciária da Papuda. A defesa alegou que ele não participou dos eventos e entrou no Congresso para se proteger das bombas de gás, enquanto o ministro Alexandre de Moraes solicitou informações detalhadas sobre a morte do réu e os cuidados médicos prestados durante a prisão.
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