A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta segunda-feira (27) que o Brasil não será “subserviente” durante os debates da COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023. Segundo ela, o país vai ao evento cobrar, e não para ser cobrado.
“Estamos indo para a COP não é para ser cobrados, nem para sermos subservientes. É para altivamente cobrarmos que medidas sejam tomadas, porque é isso o que o Brasil tem feito”, disse Marina durante reunião na CPI das ONGs (Organizações Não Governamentais) no Senado.
A ministra havia sido convidada para comparecer à CPI. Depois do seu não comparecimento, os integrantes do colegiado transformaram o convite em convocação. O requerimento para a convocação de Marina foi apresentado pelo senador Marcio Bittar (União-AC), relator da comissão.
Ao todo, 138 chefes de Estado já confirmaram presença na COP28, que será sediada no Qatar de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023. A comitiva brasileira já conta com 2.400 inscritos, 400 só do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará nela e confirmou a presença nos 2 primeiros dias da programação.
Marina reforçou que Lula levará à conferência climática de Dubai uma proposta de governança global para financiar países que preservam suas florestas. Para a ministra, a proposta vai ajudar em unidades de conservação e na valorização de terras indígenas.
“Por isso que ele [Lula] vai levar uma proposta, que só ele pode falar, de um mecanismo global para pagar por hectare de floresta em pé, uma quantia, que quem tem floresta, ainda haverá de agradecer cada unidade de conservação, cada terra indígena que foi criada. Se Deus quiser, haveremos de aprovar esse instrumento para que as florestas sejam remuneradas e protegidas”, disse Marina.
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