O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria neste domingo, 19, para rejeitar uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Até o momento, seis ministros ministros alegaram que não há justa causa para abrir uma ação penal contra a petista.
Em seu voto, o relator do caso, ministro Edson Fachin, afirmou que há “vácuos investigativos intransponíveis” na denúncia, usando de exemplo o fato de que não foram mencionados quais projetos da Odebrecht seriam contemplados a partir do repasse das propina. A tese de Fachin foi acompanhada pelos ministros André Mendonça, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
O julgamento, que ocorre em plenário virtual, começou na última sexta-feira, 10, e segue até a próxima segunda-feira, 20. Indicado para o STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro Cristiano Zanin se declarou impedido para julgar uma ação da Lava Jato contra Gleisi.
A denúncia foi apresentada pela PGR em abril de 2018, seguindo as delações premiadas de executivos da empreiteira Odebrecht, incluindo do executivo Marcelo Bahia Odebrecht. Gleisi foi acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por supostamente ter recebido R$ 3 milhões em propina da empreiteira para arcar com despesas de campanha quando concorreu ao governo do Paraná, em 2014.
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