A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, declarou que ele corre risco de envenenamento na prisão. Em documento com alegações finais à Justiça do Rio de Janeiro, os advogados do ex-policial afirmaram também que Silvinei teria emagrecido bastante desde que foi preso, em agosto deste ano.
“O demandado que nunca praticou nenhum ilícito, hoje, está com 12kg a menos, preso injustamente e correndo o risco de ser envenenado na cadeia”, diz trecho. O texto, porém, não apresenta provas que justifiquem a alegação.
A defesa também negou que a camisa do Flamengo com o número 22 dada por ele ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres fosse uma homenagem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A vestimenta faria referência ao jogador Rodinei, segundo os advogados, e não ao número eleitoral do Partido Liberal, de Bolsonaro.
“Não houve perícia a ponto de permitir essa conclusão. De qualquer sorte, como bem relatado na contestação, esse número era o utilizado pelo jogador Rudinei [sic], que estava se destacando no referido clube naquela época.”
Ainda segundo as alegações, a compra da camisa não teria sido feita pelo ex-diretor da PRF.
“O réu não adquiriu o bem, não sugeriu o item a ser comprado, não foi à loja para aquisição, não sugeriu a colocação de nomes ou números, não viu o objeto até o momento da entrega.”
APOIO A BOLSONARO NAS REDES SOCIAIS
Em 29 de outubro de 2022, Silvinei Vasques fez uma postagem em suas redes sociais em apoio à candidatura de Bolsonaro. Na fotografia, que já foi excluída, ele aparecia uniformizado e com a imagem da bandeira do Brasil. “Vote 22. Bolsonaro presidente”, dizia a legenda.
A defesa do ex-diretor da PRF declarou que usar a imagem para uma acusação de improbidade administrativa seria “má-fé”. Ainda segundo o documento, Silvinei não “usou símbolos da PRF, mas apenas a bandeira do Brasil”.
“Ocorre que como pessoa privada, o acusado mantinha contas pessoais em redes sociais, como o Instagram. Nelas, postava, como qualquer pessoa aquilo que lhe dava orgulho ou que simplesmente desejava de compartilhar com amigos e família.”
Os nomes de Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, e de Vinícius Marques de Carvalho, ministro de Estado da Controladoria-Geral da União, são usados pela defesa para justificar o uso das redes sociais por Silvinei durante a campanha.
“A defesa sugere ainda, que se verifique a conta no Instagram do senhor Ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida (@silviolual), a qual apesar de pessoal, somente constam imagens de sua atuação profissional. Dezenas, inclusive com políticos, autoridades e com o atual.”
Os advogados também acusam o promotor do MP (Ministério Público) responsável pelo caso de parcialidade e perseguição.
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