O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), em decorrência das duas visitas da ‘dama do tráfico amazonense’ em seu ministério. Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas e líder do Comando Vermelho, tornou-se o centro de um escândalo revelado pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’ e que tem reverberado entre parlamentares da oposição.
No documento apresentado pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador afirma que a presença de indivíduos associados ao crime e ao tráfico em um órgão do governo federal é injustificável. Flávio, inclusive, sustenta a ausência do nome de Luciane na agenda oficial como um ponto de extrema gravidade, sugerindo que esta prática pode indicar outros encontros com pessoas vinculadas ao crime também redutos oficiais do governo em Brasília.
“Agendas fechadas, sem registros, em que ninguém sabe o que está sendo discutido, os ocupantes de cargos públicos junto Ministério da Justiça flagrantemente estão violando os princípios da publicidade e da transparência, aliado à circunstância de possível proximidade do Ministro Flávio Dino com líderes de facções criminosas – episódio Complexo da Maré no Rio de Janeiro”, destaca o documento.
O senador faz referência ao episódio no Complexo da Maré, ocorrido em março deste ano, quando Flávio Dino esteve na favela carioca para o lançamento de um boletim sobre violência, encontrando diversas lideranças locais. Na ocasião, a base de oposição o acusou de envolvimento com o crime organizado.
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