O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE) decidiu na sexta-feira (10) suspender o processo ético-disciplinar aberto pelo PDT –que destituiu o senador Cid Gomes (PDT-CE) da presidência da sigla no Ceará– e a intervenção nacional no diretório cearense.
A decisão do juiz Cid Peixoto do Amaral Neto, da terceira Vara Cível de Fortaleza, é uma resposta favorável da Justiça do Ceará na disputa travada entre o congressista e o seu irmão, o ex-ministro e ex-candidato à Presidência, Ciro Gomes, pelo comando do partido no Estado. Cabe recurso.
A decisão em caráter liminar atendeu a um pedido do diretório regional do PDT no Ceará, que considerava que as medidas como “ilegais” por “afrontar diversos dispositivos legais, bem como os princípios do contraditório e da ampla defesa”. A argumentação foi acolhida pelo magistrado.
O diretório cearense também pediu que fosse suspensa a determinação do PDT Nacional que indica a necessidade da autorização prévia a todos os pedidos de anuência, forma de desfiliação partidária. O ponto, porém, foi negado pelo juiz. Segundo ele, seria necessário, antes, entender os argumentos da Executiva Nacional da sigla sobre o assunto.
Crise Cid-Ciro
A medida que levou à deposição de Cid e a intervenção no diretório cearense foi aprovada em encontro da Executiva Nacional do PDT, realizado em 27 de outubro deste ano, no Rio de Janeiro.
O momento marcou a escalada na crise entre os irmãos. A principal causa do desentendimento entre os políticos são as alianças com o PT (Partido dos Trabalhadores), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições municipais de 2024.
Ciro Gomes defende que o partido tenha chapa pura na disputa pela reeleição de José Sarto à prefeitura de Fortaleza. Cid, por outro lado, é a favor de um vice-prefeito petista.
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