O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (9) que “nenhuma força estrangeira manda” na PF (Polícia Federal). A declaração se deu depois de o Mossad, serviço de inteligência de Israel, ter informado na quarta-feira (8) que auxiliou nas apurações da corporação contra supostos integrantes do Hezbollah no Brasil.
Dino usou seu perfil oficial no X (ex-Twitter) para fazer as declarações. Também disse que “nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar” resultado de uma investigação da Polícia Federal brasileira que ainda está em andamento. Uma operação deflagrada pela PF na 4ª feira (8.nov) resultou na prisão de 2 homens suspeitos de planejar ataques a sinagogas e prédios judaicos no Brasil.
“O Brasil é um país soberano. A cooperação jurídica e policial existe de modo amplo, com países de diferentes matizes ideológicos, tendo por base os acordos internacionais”, escreveu.
O ministro ainda disse que a operação da PF “sobre possível caso de terrorismo” se deu por conta de decisão do Judiciário brasileiro, e que se existem indícios ou não do crime, é “dever da PF investigar para confirmar ou não as hipóteses”.
“A conduta da Polícia Federal decorre exclusivamente das leis brasileiras, e nada tem a ver com conflitos internacionais. Não cabe à PF analisar temas de política externa […] As investigações começaram antes da deflagração das tragédias em curso na cena internacional”, disse.
Dino afirmou apreciar a cooperação internacional da investigação, mas que “repele” que “qualquer autoridade estrangeira cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros, ou usar investigações que nos cabem para fins de propaganda de seus interesses políticos”.
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