O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, teria detalhado em delação premiada o funcionamento do chamado “gabinete do ódio” durante o antigo governo. As informações são do jornal O Globo.
Segundo o jornal, Cid teria relatado o papel de assessores de Bolsonaro que atuavam de forma direta ou indireta na estrutura. Ele também teria falado sobre os apoiadores do ex-presidente que supostamente se organizavam nas redes sociais como milícias digitais e quais seriam os integrantes do então governo que estimulariam o uso do “gabinete do ódio”.
“Gabinete do ódio” é o termo usado para designar um suposto grupo formado por ex-assessores e aliados do ex-presidente que atuariam em ataques contra adversários políticos nas redes sociais.
Em relatório da PF sobre investigação da atuação de milícias digitais, enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) em 2022, a corporação afirmou que uma organização on-line “antidemocrática” usava a estrutura do “gabinete do ódio” para propagar ataques contra instituições.
Segundo a PF, a atuação possuiria as seguintes características:
Em 2021, Bolsonaro negou a existência do “gabinete do ódio” e falou em “perseguição”: “São pessoas perseguidas o tempo todo, como se estivessem inventado um ‘gabinete do ódio’. Não há do que nos acusar. É um gabinete da liberdade, da seriedade”, disse.
O acordo de delação premiada de Cid foi homologado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em setembro. O ex-ajudante de ordens, que estava preso desde maio, também teve liberdade provisória concedida depois do acordo.
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