O ex-senador Telmário Mota foi preso na noite de segunda-feira (30), na cidade de Nerópolis, no Goiás. A prisão foi confirmada nesta terça-feira (31) pelo delegado João Evangelista, que conduz a investigação no âmbito da Delegacia Geral de Homicídios. Ele é alvo da operação Caçada Real, deflagrada pela Polícia Civil de Roraima.
Telmário é suspeito de ordenar o assassinato de sua ex-companheira Antônia Araújo Sousa, de 52 anos, com quem teve uma filha. Segundo os investigadores, ela foi morta em 29 de setembro, em Boa Vista (RR), 3 dias antes de ela ser ouvida em um processo no qual acusava Telmário de estupro da filha do casal.
Antônia foi assassinada ao sair de casa, quando foi abordada por um homem que perguntou o seu nome. “Ao confirmar, ela foi atingida com um único tiro na cabeça”, informou a polícia.
Prisão
No momento da prisão, Telmário Mota estava sozinho, em um carro. De acordo com os investigadores, ele não esboçou reação. Desde então, o ex-senador pelo Pros está sob custódia da Delegacia de Homicídio de Goiás.
“Durante a ação, na fazenda do ex-senador, a Polícia Civil prendeu em flagrante um caseiro que estava com uma espingarda em seu quarto, por posse ilegal de arma de fogo”, informou a Polícia Civil de Roraima.
No local também foram apreendidos dinheiro, documentos, telefones celulares, Ipad, alvos de tiros e quatro projéteis que estavam fincados em uma árvore.
“Segundo depoimentos dados à Polícia Civil, dias antes do crime houve um treinamento de tiros nesta árvore, pelo executor do crime. Os projéteis apreendidos foram encaminhados ao ICPDA [Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida], para ser realizada comparação balística”, detalhou o órgão.
Ao anunciar a operação na segunda-feira (3o), o delegado João Evangelista informou que Telmário Mota era suspeito de ser o mandante do crime, e que o executor teria sido Leandro Luz da Conceição, que foi encontrado e preso em Caracaraí (RR).
O sobrinho do ex-senador Harrison Nei Correa Mota, conhecido como Ney Mentira, segundo os investigadores, também teve prisão decretada por ter colaborado para a logística e para o planejamento do crime.
A operação está sendo conduzida sob coordenação do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa em Boa Vista, Caracaraí e em Brasília.
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