Itamaraty chama explosão em hospital de Gaza de “bombardeio”

Lula classificou o episódio como um “ataque”, mesmo sem ter dados claros sobre a origem da bomba
Por: Brado Jornal 18.out.2023 às 16h37
Itamaraty chama explosão em hospital de Gaza de “bombardeio”

O governo brasileiro condenou o “bombardeio” ao hospital de Al-Ahli, na Faixa de Gaza, que matou 471 pessoas na terça-feira (17). Em nota divulgada nesta quarta-feira (18), o Itamaraty afirmou que o Brasil “repudia nos mais fortes termos ataques a alvos civis, sobretudo a estruturas de saúde” e manifestou solidariedade ao povo palestino. 

No comunicado, o governo brasileiro também reforçou o pedido para que um corredor humanitário para evacuar civis e entregar suprimentos à Gaza seja realizado de “imediato”. Também pediu para que as partes envolvidas cumpram suas obrigações perante os direitos humanos internacionais.

“O Brasil reitera o apelo para o imediato estabelecimento de corredores e pausas humanitárias que permitam a condução em segurança do trabalho humanitário e o fornecimento de água, comida, suprimentos médicos, combustível e eletricidade a Gaza” afirmou o Itamaraty.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o episódio como um “ataque”, mesmo sem ter dados claros sobre a origem da bomba e disse que o episódio é uma “tragédia injustificável”. 

Também nesta quarta-feira (18), a ONU (Organização das Nações Unidas) rejeitou a resolução brasileira sobre a guerra entre Israel e Hamas.

A proposta teve 12 votos a favor, 1 contra e duas abstenções. O documento não foi aprovado porque o único voto contra foi dado pelos Estados Unidos, integrante permanente do órgão e com direito a veto.


Bombardeio a hospital

Na terça-feira (17), houve uma explosão no hospital de Al-Ahli, na Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde palestino afirmou que 471 pessoas morreram.

O Hamas acusou Israel e declarou, em nota, que a explosão é um crime de “genocídio” e “revela o lado feio do inimigo e seu governo fascista e terrorista”. Afirmou ainda que o caso “expõe o apoio norte-americano e ocidental à ocupação criminosa”. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou luto de 3 dias.



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