O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se reuniram na manhã deste sábado (7) em Belo Horizonte, após duas semanas de reações de bolsonaristas a declarações do atual mandatário no Palácio Tiradentes.
Os dois tomaram café em uma padaria na Pampulha, região norte da capital, e negaram desavenças. “Não teve nenhuma briga. Da minha parte não teve problema nenhum. É comum, de vez em quando, termos posições diferentes, mas está tudo bem”, disse Bolsonaro, declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por oito anos.
O encontro acontece após uma série de críticas de bolsonaristas a declarações do governador de Minas Gerais.
Em 23 de setembro, Zema disse no Cpac 2023, encontro nacional de movimentos conservadores no Brasil organizado pelo filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que a direita no país precisava se unir.
Um dos assessores mais próximos de Bolsonaro, o ex-secretário especial de Comunicação Social Fabio Wajngarten, no mesmo dia, foi às redes sociais.
“Muito bacana esse papo de unir a direita, mas quando se olha a realidade, quem o propaga não mexe uma palha pela tal direita.”
Novo embate ocorreu dias depois. Em encontro organizado pelo ex-governador de São Paulo João Doria, Zema disse que em Minas há 320 mil funcionários públicos e nenhum é seu parente. A declaração foi vista como indireta para Bolsonaro.
Bolsonaro cumpre agenda desde sexta-feira (6) na capital mineira. Na chegada à capital, foi questionado se apoiaria Zema em uma possível candidatura à Presidência em 2026. “Só discutimos 2026 depois de 2024”, respondeu.
Leonardo Augusto / Folhapress
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