Walter Delgatti Neto, o hacker de Araraquara, iniciou há pouco seu depoimento na CPMI do 8 de Janeiro. Em suas considerações iniciais, ele contou como conheceu a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que o pagou para atuar em uma campanha para mostrar que as urnas brasileiras não funcionariam nas eleições de 2022, em julho do ano passado. Ele aceitou a proposta pela promessa dela de emprego.
“Até a presente data sem acessar a Internet, com duas filhas e sem emprego, eu estava em Araraquara, saído da prisão”, disse um nervoso Delagtti Neto, que sofre de transtorno de ansiedade e de déficit de atenção (TDAH). “Eu trabalho com TI, eu não terminei ainda a faculdade de Direito, e então precisava de internet para poder trabalhar. Nisso apareceu a oportunidade da deputada Carla Zambelli de um encontro com o [presidente Jair] Bolsonaro, que foi no ano de 2022, antes da campanha. Ele queria que eu autenticasse a lisura das eleições, das urnas.”
“Por ser o presidente da República, eu acabei indo ao encontro”, concluiu. “Eu estava desamparado sem emprego, e ofereceram um emprego para mim — por isso eu fui até eles. A recompensa em fazer o que eu fiz era a promessa de emprego, que era tudo o que eu queria.”
Apesar de contar com um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), ele disse que falará e que sua intenção é colaborar com a sociedade.
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