Jair Bolsonaro (foto) disse em entrevista divulgada neste domingo (13), Dia dos Pais, que seus ex-auxiliares foram presos com o objetivo de se conseguir acordos de delação e atingi-lo. O ex-presidente não se manifestou sobre a operação da Polícia Federal, deflagrada na sexta, para apurar suposto esquema de venda ilegal de joias.
Na entrevista ao canal Te Atualizei, Bolsonaro comentou as prisões de auxiliares próximos e voltou a defender o tenente-coronel Mauro Cid.
“Tem outros dois que não eram diretos meus, mas estão presos: o Cid e o sargento [Luis Marcos] dos Reis, cuja punição, se forem culpados, não seria passível dessa preventiva que estão sofrendo agora. Um objetivo é uma delação premiada, e o outro é me atingir.”
Mauro Cid e Luis Marcos dos Reis foram presos em maio na Operação Venire, que mirou Bolsonaro e seu núcleo duro por um suposto esquema de falsificação de carteirinhas de vacinação para Covid.
O ex-presidente não fez nenhuma menção à Operação Lucas 12:2, realizada na última sexta-feira, quando a PF deflagrou buscas e apreensões em endereços de Mauro Cid em investigação sobre esquema de venda ilegal de presentes e joias recebidos por Bolsonaro na Presidência.
Segundo a PF, essa organização era formada também pelo tenente Osmar Crivelatti, além do pai de Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid.
Ainda de acordo com a PF, o grupo utilizava aeronaves da FAB para levar presentes destinados a Bolsonaro para fora do país e os negociava em casas de leilão ou em loja de penhores. Pelo menos dois itens foram efetivamente vendidos: um relógio Patek Phillipe e um Rolex. O segundo, porém, segundo as investigações, foi recomprado pelo advogado Frederick Wassef.
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