O ministro da Justiça, Flávio Dino, utilizou nesta segunda-feira (7) uma transmissão oficial da pasta para atacar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Ao lançar o Programa Nacional de Segurança Pública em Macapá (AP), Dino disse, sem citar nomes, que ele “é um homem que diz que quer separar um pedaço do Brasil. Nós não queremos não. Nós queremos o Brasil unido”, fazendo referência a fala tirada de contexto do governador de Minas em entrevista.
Em entrevista ao Estadão, publicada no sábado último, o governador mineiro falou de uma união de estados do Sul e Sudeste para se contrapor ao Consórcio Nordeste. “Temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do país. Não é pouco, né? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos nós queremos – que é o que nunca tivemos – que é protagonismo político”, disse o governador de Minas Gerais.
Ontem, Zema foi ao Twitter e explicou a sua declaração: “A união do Sul e Sudeste jamais será pra diminuir outras regiões. Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades. A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil tá no trabalho em união.”
Nesta segunda-feira, o governador de Minas tem recebido acusações de xenofobia, entre outras, publicou um vídeo para dizer que “intriga só confunde e atrapalha”.
Dino já havia criticado Zema. Outra vez sem mencionar nominalmente o governador, escreveu em seu perfil no Twitter que “está na Constituição, no art 19, que é proibido ‘criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si’”. E deu uma bela exagerada ao dizer que “traidor da Constituição é traidor da Pátria, disse Ulysses Guimarães”.
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