O ex-prefeito de Salvador e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto, disse nesta quarta-feira (26) que o monotrilho prometido pelo governo do estado no Subúrbio Ferroviário da capital baiana é mais uma obra que não sai do papel nas gestões petistas. A crítica foi feita após o governo admitir a possibilidade de cancelamento do contrato do monotrilho, que a gestão estadual chama de VLT.
"Depois de prejudicar milhares de pessoas, o governo da Bahia está perto de anunciar que a construção do VLT fracassou. É mais uma obra que não sai do papel, como a ponte Salvador-Itaparica. Vamos ver, agora, a desculpa que vão dar para tanta incompetência administrativa", afirmou Neto.
A possibilidade foi admitida pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) em julgamento no Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta terça-feira (25). O contrato com o consórcio Skyrail foi assinado há quatro anos, mas a obra sofreu com sucessivas alterações no prazo de entrega e não avançou, mesmo com os trens do Subúrbio desativados pelo governo com a promessa de entrega do monotrilho.
Mesmo com as intervenções empacadas, o monotrilho já custou ao menos R$ 56,9 milhões ao governo do estado. O contrato estava estimado inicialmente em R$ 1,5 bilhão, mas ao longo do tempo subiu mais de 246%, passando a custar mais de R$ 5,2 bilhões. Uma auditoria interna do TCE apontou diversas irregularidades no contrato.
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