O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), brincou com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), nesta sexta-feira (21), e o comparou ao ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, pelo tempo que ficou à frente do governo de São Paulo.
A brincadeira foi feita durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, na qual o governo Lula assinou um conjunto de atos voltados à Segurança Pública.
Alckmin foi governador de São Paulo em quatro períodos distintos. A primeira vez foi em 2001, quando era vice de Mário Covas, e assumiu após a morte do governador. No ano seguinte, se elegeu governador paulista e ficou no cargo até 2006. O atual vice-presidente ainda ficou à frente do governo de São Paulo por outros dois mandatos, de 2011 até 2018, quando renunciou para lançar sua candidatura à Presidência.
“Às vezes, tradicionalmente, se diz que segurança pública é um tema dos estados. Eu fui governador, o Renan [Filho] foi governador, o Rui [Costa] foi governador, o Waldez [Góes]… o Alckmin, claro. Esse quase o Fidel Castro, quatro mandatos lá. Camarada Alckmin”, declarou Flávio Dino, arrancando risadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do próprio vice-presidente.
Durante seu discurso, o ministro da Justiça reforçou a necessidade de alinhamento e trabalho conjunto dos governos estaduais com o governo federal no tema da segurança pública.
Entre as medidas anunciadas pelo governo Lula, está uma ampla restrição na circulação e acesso a armas no país, além de repassar do Exército para a Polícia Federal (PF) a fiscalização do armamento e munição dos artefatos – uma reversão da política colocada em prática durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Uma das inovações do novo decreto é o acesso a armas por parte dos caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs. Antes eles tinham direito a 30 armas, sendo 15 de uso restrito. Agora serão apenas 6 armas, com possibilidade da PF e Exército autorizarem, excepcionalmente, a aquisição de até duas armas de fogo de uso restrito.
O ministro da Justiça afirmou que o decreto para limitar o acesso a armas “põe fim definitivamente ao armamentismo irresponsável que o extremismo político semeou nos lares brasileiros”.
Dino ainda afirmou que o decreto assinado é “ponderado” e foi redigido após consultas com parlamentares e entidades.
“[O decreto] faz com que as armas de uso permitido sejam exclusivas das forças de segurança, limita a expansão irresponsável de clubes de tiro e fortalece a fiscalização. Para quem eventualmente seja atirador esportivo, colecionador, seja de verdade. E não haja portas abertas para fraudadores e para entrega e desvio de armas para as quadrilhas e organizações criminosas”, declarou.
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