O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), afirmou que o governo Lula não tem envolvimento com o pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) para a criação de um canal de TV aberta e uma emissora de rádio próprios.
No ofício, assinado pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo secretário da área de comunicação, Jilmar Tatto (PT-SP), e enviado ao Ministério das Comunicações, o PT alega que um canal aberto proporcionaria à população a oportunidade de participar efetivamente do governo.
“Eu defendo que devemos ter critérios”, disse Pimenta. “Se a regra permitir que o PT tenha uma TV, então eu defendo que todos os partidos também tenham. Porém, como considero que este é um tema delicado e complexo, que exige uma discussão mais aprofundada, não faz sentido termos, atualmente, 27 concessões de televisão. Acredito que não seja um tema que esteja na ordem do dia e que vá prosperar”, prosseguiu o chefe da Secom.
“Acho legítimo que qualquer partido possa pleitear uma concessão”, acrescentou o ministro. “No entanto, entre pleitear e obter uma decisão favorável, existe uma grande distância”, concluiu.
Esta é a primeira vez que um partido político solicita ao Executivo sua própria concessão pública, e a novidade gerou discussões.
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