A palestra que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu na Itália na semana passada foi promovida e patrocinada por uma faculdade goiana condenada por fake news relacionadas ao kit Covid. Na volta do evento, no aeroporto de Roma, Moraes e familiares se envolveram no episódio que resultou no inquérito da Polícia Federal sobre suposta agressão. A informação foi divulgada pela TV Band. O ministro não se manifestou.
Apesar de ter acontecido na Universidade de Siena, na região italiana da Toscana, o evento acadêmico Fórum Internacional de Direito foi promovido pela Alfa Escola de Direito e pela Unialfa, ambas de Goiás. Todas essas instituições privadas de ensino pertencem ao Grupo José Alves, que também é dono da empresa farmacêutica Vitamedic, que produz a ivermectina no Brasil.
Na sentença, informa o Ministério Público, a entidade Médicos Pela Vida (Associação Dignidade Médica de Pernambuco – ADM/PE), e as empresas Vitamedic Indústria Farmacêutica, Centro Educacional Alves Faria (Unialfa) e o Grupo José Alves foram condenados ao pagamento de R$ 55 milhões por danos morais coletivos e à saúde.
A Vitamedic, segundo o processo, viu seu lucro anual ir de R$ 15 milhões para R$ 500 milhões durante os anos de pandemia, graças à venda de ivermectina. Por causa desse faturamento e da defesa do “tratamento precoce”, Jailton Batista, diretor-executivo da Vitamedic,foi convocado a depor na CPI da Covid em agosto de 2021.
Evento na Itália
A Unialfa promove eventos na Universidade de Siena e teve o ministro Alexandre de Moraes entre os palestrantes do fórum promovido entre 4 e 14 de julho.
Dos 31 palestrantes que constam na programação, 20 eram brasileiros, incluindo Moraes, enquanto 11 eram da própria Unialfa.
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