Empresas que promoveram palestra de Moraes na Itália foram condenadas por fake News, diz site

Na viagem em que ocorreu suposta agressão, Moraes ministrou palestra em evento promovido por grupo condenado em ação sobre fake news
Por: Brado Jornal 19.jul.2023 às 16h50
Empresas que promoveram palestra de Moraes na Itália foram condenadas por fake News, diz site
Carlos Moura/SCO/STF

A palestra que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu na Itália na semana passada foi promovida e patrocinada por uma faculdade goiana condenada por fake news relacionadas ao kit Covid. Na volta do evento, no aeroporto de Roma, Moraes e familiares se envolveram no episódio que resultou no inquérito da Polícia Federal sobre suposta agressão. A informação foi divulgada pela TV Band. O ministro não se manifestou.

Apesar de ter acontecido na Universidade de Siena, na região italiana da Toscana, o evento acadêmico Fórum Internacional de Direito foi promovido pela Alfa Escola de Direito e pela Unialfa, ambas de Goiás. Todas essas instituições privadas de ensino pertencem ao Grupo José Alves, que também é dono da empresa farmacêutica Vitamedic, que produz a ivermectina no Brasil.

Na sentença, informa o Ministério Público, a entidade Médicos Pela Vida (Associação Dignidade Médica de Pernambuco – ADM/PE), e as empresas Vitamedic Indústria Farmacêutica, Centro Educacional Alves Faria (Unialfa) e o Grupo José Alves foram condenados ao pagamento de R$ 55 milhões por danos morais coletivos e à saúde.           

A Vitamedic, segundo o processo, viu seu lucro anual ir de R$ 15 milhões para R$ 500 milhões durante os anos de pandemia, graças à venda de ivermectina. Por causa desse faturamento e da defesa do “tratamento precoce”, Jailton Batista, diretor-executivo da Vitamedic,foi convocado a depor na CPI da Covid em agosto de 2021.

       

Evento na Itália

A Unialfa promove eventos na Universidade de Siena e teve o ministro Alexandre de Moraes entre os palestrantes do fórum promovido entre 4 e 14 de julho.

Dos 31 palestrantes que constam na programação, 20 eram brasileiros, incluindo Moraes, enquanto 11 eram da própria Unialfa.



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