O presidente do PL na Bahia, João Roma, avaliou que não teme a fuga de votos após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, mas a insegurança jurídica que grassa a partir de decisões que, na avaliação do ex-ministro da Cidadania, representam "dois pesos e duas medidas" nas cortes superiores.
"A maior preocupado do PL não é com a dispersão dos votos de quem votou no presidente Jair Bolsonaro, pois se observa que esse espectro do eleitorado se mantém muito unido em defesa das bandeiras que representaram quase 50% do eleitorado nacional. Nossa maior preocupação é com a segurança jurídica no Brasil", disse Roma, em entrevista à Rádio A Tarde FM, de Salvador, nesta segunda-feira (17).
Roma salientou a existência de declarações inoportunas, como a do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que afirmou ter derrotado o bolsonarismo. "O próprio presidente Bolsonaro, quando percebeu a manobra para atacá-lo, disse que poderia ficar inelegível, mas ressaltou que ainda é um ótimo eleitor no Brasil", revelou o dirigente do PL na Bahia.
João Roma também criticou o governo que o PT realiza na Bahia ao pontuar a crescente crise de insegurança pública por que passa o estado. "Nenhum município vai conseguir resolver a questão da segurança se não houver uma ação determinada do Governo do Estado da Bahia. O governo não tem conseguido sanar uma invasão que a Bahia vem sofrendo do crime organizado", destacou Roma, ao comentar temas que podem ser tratados nas eleições municipais de 2024.
O presidente do PL na Bahia reiterou sua pré-candidatura à Prefeitura de Salvador, embora tenha destacado que não tem dificuldades para dialogar com o atual prefeito e provável candidato à reeleição, Bruno Reis (União Brasil). Roma voltou a mencionar que a única impossibilidade de aliança com o prefeito da capital seria a união dele como o petismo na Bahia ou no Brasil.
Ao falar de prioridades para a capital baiana, o ex-ministro da Cidadania enfatizou a melhoria do cenário econômico. "É necessário termos liberdade econômica, um ambiente fluido para que as pessoas possam desenvolver sua vida", justificou Roma. Ele comentou que essas dificuldades no campo da segurança pública e da liberdade econômica têm feito Salvador perder protagonismo em relação a outras capitais nordestinas como Fortaleza (CE).
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