Dino fala em combater ‘ideias da direita’ ao regular as redes sociais

Declaração foi dada durante a abertura do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília
Por: Brado Jornal 13.jul.2023 às 18h48
Dino fala em combater ‘ideias da direita’ ao regular as redes sociais

O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, Flávio Dino, admitiu que seu interesse em regular as redes sociais tem a ver com combater as “ideias da direita”. A informação foi publicada pelo jornal Gazeta do Povo nesta quinta-feira, 13.

Dino reafirmou que o governo Lula quer regulamentar as redes sociais e que as plataformas funcionam para divulgar as “ideias da direita e do poder econômico”. Ele falou isso durante a abertura do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília.

O evento já está entre as polêmicas mais comentadas nas redes sociais entre os assuntos políticos devido às declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Entre outros inimigos, o ministro declarou que “derrotamos o bolsonarismo”.

Vontade de Dino de regular as redes “por causa da direita” pode causar danos à liberdade de expressão

“A segunda tarefa democrática fundamental é enfrentar o poder de quatro, cinco empresas que mandam na internet e veiculam extremismo”, disse ainda Flávio Dino.

Especialistas afirmam que a regulamentação das redes sociais defendida pelo governo Lula, caso aplicada, pode ser usada politicamente para silenciar vozes de oposição ao governo e ao lulopetismo, com prejuízos severos à liberdade de expressão.

“Todo mundo aqui é contra o fascismo, contra o golpismo e contra a extrema-direita”, afirmou Dino. “Todo mundo defende a educação pública gratuita de qualidade para todos no Brasil. Todos são contra a discriminação dos negros, das mulheres e da comunidade LGBT”, prosseguiu o ministro. O evento da UNE continua até o dia 15 de julho.

O PL 2630, que o governo Lula quer emplacar para regulamentar as redes sociais,foi discutido em maio no plenário da Câmara dos Deputados. Sua votação foi adiada por um pedido do relator, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), depois de uma reunião com os líderes partidários. No dia em que a votação ocorreria, plataforma virtual mostrava que a proposta deveria ser derrotada — contra a vontade do governo.



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