Poucos meses antes de sofrer o processo de impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseff convocou embaixadores para participar de um evento chamado “Encontro com Juristas pela Legalidade da Democracia”, contrários à cassação da petista.
Segundo informou o jornal Folha de S.Paulo à época, todos os cerca de 150 embaixadores estrangeiros em Brasília receberam convite para a reunião, realizada em março.
Um print da notícia, publicada em 22 de março de 2016, foi compartilhado nesta segunda-feira, 3, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que na sexta-feira 30 teve os direitos políticos suspensos por oito anos, por 5 votos a 2 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ter feito em 2022, antes do período da campanha eleitoral, uma reunião com embaixadores.
A reportagem da Folha de 2016 informou que o Palácio do Planalto não divulgou a relação completa dos embaixadores que compareceram, mas informou que pelo menos 70 estiveram no evento. O governo não quis se pronunciar sobre a razão de convidar os diplomatas.
Segundo o jornal, o objetivo de Dilma e de seus apoiadores com o evento “foi construir algo semelhante ao que o país viveu com a Campanha pela Legalidade na década de 1960, após a renúncia do presidente Jânio Quadros, pela defesa da posse de João Goulart — à época vice-presidente”.
No discurso durante o evento no qual estavam presentes os embaixadores, Dilma afirmou que o momento político tornou necessário “mobilizar a sociedade em torno de uma nova campanha pela legalidade como estamos fazendo hoje”. Segundo a Folha, a plateia do evento repetiu inúmeras vezes: “Não vai ter golpe”.
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