O general da reserva Gonçalves Dias reconheceu nesta quinta-feira (22), em depoimento à CPI do 8 de janeiro da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que o relatório da Abin enviado ao Congresso com os alertas sobre ameaça de ataques às sedes dos três Poderes foi editado.
Na oitiva, o ex-ministro-chefe do GSI afirmou que o documento original “não condizia com a realidade”.
“A Abin respondeu [a solicitação do Congresso] com um compilado de mensagens de aplicativo, em que tinha dia e tempo, na coluna do meio o acontecido e na última coluna a difusão. Esse documento tinha lá ‘ministro do GSI’. Eu não participei de nenhum grupo de WhatsApp, eu não sou o difusor daquele compilado de mensagens. Então aquele documento não condizia com a realidade. Esse era um documento. Ele foi acertado e enviado”, disse.
Segundo a Folha de S. Paulo, o ex-ministro de Lula recebeu da Abin uma série de informes de inteligência, por WhatsApp, entre os dias 2 e 8 de janeiro. A relação, no entanto, foi suprimida do relatório entregue ao Congresso.
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