O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), declarou em seu perfil do Twitter nesta 4ª feira (14.jun.2023) que “foi constrangedor” assistir à comissão rejeitar os requerimentos para convocação de “personagens centrais”.
O colegiado aprovou na 3ª feira (13.jun) a convocação de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas rejeitou a convocação do ex-ministro de Lula Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional) e do ministro Flávio Dino (Justiça).
O congressista disse se comprometer a pautar tais requerimentos “quantas vezes forem necessárias” para assegurar as participações de Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Saulo Moura da Cunha, ex-diretor adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), e Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública.
“Espero que possamos aprovar todos os nomes, sem distinção, para garantir que todos sejam ouvidos a fim de que se chegue na verdade”, escreveu Maia.
O congressista disse confiar na “consciência daqueles deputados que têm compromisso com a opinião pública”. Para ele, “é inaceitável ouvir apenas um lado”.
Arthur Maia não foi o único integrante da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos atos extremistas do 8 de Janeiro que criticou a não convocação. O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) declarou que a CPI “já virou um circo” e que foi “sequestrada” pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
CPI DO 8 DE JANEIRO REJEITA CONVOCAÇÕES
Na 3ª feira (13.jun), em vitória de aliados do presidente Lula, o colegiado rejeitou a convocação do ex-ministro do GSI Gonçalves Dias e o convite ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Congressistas criticaram a atuação de aliados do governo que obstruíram pedidos da oposição. A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), no entanto, afirmou que a CPI segue no rumo adequado das investigações, previsto no plano de trabalho.
“O plenário é soberano. O que tivemos aqui foi a confirmação e a constatação de que o foco da CPI não será desviado”, declarou Eliziane.
Na mesma sessão, foi aprovada a convocação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid. Os ex-ministros Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e Braga Netto, da Defesa, ambos do governo anterior, também vão ser chamados.
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