A 45ª edição do Barômetro do Poder, divulgada neste mês pelo InfoMoney, indica que Lula (PT, foto) enfrenta o pior momento da relação com o Congresso desde que retornou ao Palácio do Planalto para seu terceiro mandato. O levantamento, feito entre 30 de maio e 1º de junho, aponta que, dividindo os 513 assentos da Câmara dos Deputados em três grandes grupos (alinhados com o governo, de oposição e incertos), a média das respostas dos analistas consultados para o tamanho da base aliada de Lula seria de 190 deputados federais.
O número corresponde a 37% da Casa e seria suficiente somente para blindar o petista de processos de impeachment, mas reforça que o Planalto terá dificuldade em aprovar projetos. Trata-se do menor patamar já registrado na atual administração e uma queda de 36 parlamentares em comparação com os números da última pesquisa, que saiu no mês anterior. As estimativas tiveram grande variação, sendo 118 assentos a resposta mais baixa e 280 a mais alta. A mediana das projeções, por sua vez, ficou em 197. O cenário ficou claro na votação da MP dos Ministérios na Câmara. O texto foi aprovado com dificuldade na semana passada, o que gerou uma nova onda de críticas sobre a articulação política do governo Lula e um desgaste com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP).
No Senado, por outro lado, a avaliação dos analistas políticos é de um ambiente mais favorável para o petista. De abril para cá, a média das estimativas para a base aliada na casa legislativa oscilaram de 38 para 37 assentos. O movimento também foi visto nas projeções para a oposição, que foi de 25 para 24. Já os incertos avançaram de 18 para 20. No caso do primeiro grupo, as respostas flutuaram de 22 a 50, com uma mediana de 38 senadores. Já para os opositores, a variação foi de 19 assentos (11 a 30), e para os incertos, de 21 (de 8 a 29). As medianas nesses dois últimos casos foram de 25 e 21, respectivamente.
Participaram desta edição do Barômetro do Poder Antonio Lavareda (Ipespe), Carlos Melo (Insper), Control Risks, Dharma Political Risk & Strategy, Empower Consultoria, Medley Global Advisors, Patri Políticas Públicas, Ponteio Política, Prospectiva Consultoria, Pulso Público, Tendências Consultoria Integrada, Thomas Traumann e XP Política.
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