O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participou nesta quarta-feira, 10, de um evento do grupo de Líderes Empresariais (Lide) em Nova York, nos Estados Unidos, e falou sobre o futuro político do Brasil. No local, em fala a empresários que participavam do evento, o político afirmou que enxerga uma direita fortalecida e preparada para retornar ao poder em 2026, caso não repita os mesmos erros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “A avaliação hoje da inelegibilidade do presidente Bolsonaro é uma decisão arriscada, porque nós estamos a 3 anos e 9 meses de uma eleição. Dá tempo de o [governador do Rio de Janeiro] Cláudio Castro (PL) ficar forte, o governador [de Minas Gerais, Romeu] Zema (Novo) ficar forte, de o governador [de São Paulo] Tarcísio (Republicanos) ficar mais forte. Na minha concepção, menos chance de cometer erros do que o presidente Bolsonaro cometeu durante sua campanha. Um candidato de direita, errando menos, com um fortalecimento de uma base que existe no Brasil, e o presidente Bolsonaro como eleitor, eu acho que o quadro fica bastante desanimador para quem quiser disputar uma eleição em 2026″, pontuou.
Segundo o líder da Casa, a grande contribuição de Bolsonaro foi incentivar que os brasileiros com um pensamento conservador e de direita possam expor suas ideias, sem que haja vergonha de expressar suas preferências políticas. Uma possível volta de Bolsonaro ao páreo político e uma disputa presidencial em 2026, no entanto, encontra-se sob ameaça já que o ex-chefe do Executivo federal responde atualmente a uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por suposto abuso de poder através da reunião com embaixadores – o que, em caso de condenação, poderia torná-lo inelegível -, além de outros 14 processos na Justiça. No entanto, a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski deu uma “sobrevida” ao ex-presidente nesta ação. Já o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora tenha descartado a possibilidade de se candidatar novamente em 2026 por conta da idade – em 27 de setembro de 2022, o petista afirmou que a “natureza é implacável” – e prometido que recusaria o posto de candidato à reeleição caso fosse eleito – em manifestação dada em 1º de agosto de 2022 -, o petista passou a reconsiderar a ideia. Em entrevista dada após tomar posse como chefe do pode Executivo federal, Lula – que estará com 81 anos em 2026 – deixou em aberta a possibilidade caso houvesse uma “situação delicada” no país.
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