Lula sugeriu, em encontro nesta segunda-feira (29) com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, que ambos os países têm uma “relação plena” com o alinhamento de ambos os governos. Em sua primeira visita a Brasília em oito anos, Maduro (que foi proibido de entrar no Brasil durante o governo Jair Bolsonaro) vem como convidado para uma cúpula de países sul-americanos, que começa nesta semana.
“Essa volta da relação Brasil e Venezuela é plena”, disse Lula. “Nós sabemos das dificuldades que nós temos, das empresas que estão na Venezuela e que querem voltar lá, do tamanho da dívida do país, e isso fará parte de um acordo que faremos para que nossa integração seja plena.”
Ele ainda alfinetou Juan Guaidó, parlamentar venezuelano reconhecido como líder de facto por governos como os Estados Unidos de Donald Trump e o Brasil de Jair Bolsonaro.
“Briguei muito com companheiros sociais-democratas, europeus, governos, pessoas dos EUA, eu achava a coisa mais absurda do mundo, para as pessoas que defendem a democracia, que você era presidente da Venezuela tendo sido eleito pelo povo, e o cidadão que foi eleito para ser deputado fosse reconhecido presidente da Venezuela”, disse o petista.
Ao fim de seu discurso, Lula sugeriu que Maduro falasse “com a imprensa livre do Brasil e com a de seu país também” — o que não faz sentido, dadas as seguidas violações à liberdade de imprensa imposta por Caracas.
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