A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para apurar a conduta de diretores do Google e do Telegram no Brasil que se manifestaram contra participaram o PL da Censura, que foram retiradas do ar após ultimato feito pelo governo e pelo ministro Alexandre de Moraes.
O caso corre sob sigilo na corte e deve ser analisado por Moraes. A iniciativa ocorreu após a PGR ter sido acionada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que apresentou uma notícia-crime. O parlamentar alega que as duas empresas têm realizado “contundente e abusiva” ação contra a aprovação do texto.
O documento diz ainda que o Google e o Telegram atuam para resguardar interesses econômicos e “têm lançado mão de toda sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando-se de sua posição hegemônica no mercado”.
Ao solicitar a abertura do inquérito, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que é necessário esclarecer as condutas citadas por Lira.
“O cenário fático narrado aponta para a existência de elementos de informações mínimos da prática de conduta delituosa que fundamentam a possibilidade de instauração de procedimento de investigação sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal, a exemplo do que ocorre em caso similar sob apuração desta Corte no Inquérito n. 4.874 [mílicia digital contra instituições]”, Lindôra.
Neste cenário, a PGR pediu a tomada do depoimento dos diretores e a preservação, extração e juntada, mediante elaboração de laudo pericial, de todas as postagens, publicações e mensagens.
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